sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cabem sempre dois...


Gosto dos que não medem e daqueles que transbordam. Gosto dos que não buscam e daqueles que encontram. Gosto dos que conjugam verbos em que cabem sempre dois. Gosto dos olhos que rezam cores, despedem lágrimas e namoram frutos. Gosto da ingenuidade das sementes, das coincidências não-coincidentes, gratidão, promessas, planos, lembranças e até das expectativas. Procuro por boca que ao versar seus espinhos, também saiba ser remédio. Celebro multidão quando sou eu mesmo silêncio ou par. Exercito palavras que se arriscam pra fazer felicidade caber no vão do beijo. Sofro de lua, raízes, nuvem, borboletas e calendários. Sofro de carne e Almas, milagres, misérias e abundâncias. Sou eu mais um destes pobres abençoados que tanto e muito ama...

(Guilherme C. Antunes)

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