sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tão eu...


Tenho andado pelos dias com a cabeça confusa. Meus pensamentos estão fora de ordem, meus pés não sentem firmeza ao tocar o chão, minhas mãos tremem. Tenho tido mais vontade de dormir, do que de me manter acordado. Me calo no sonhos. De olhos abertos, em minha mente nunca existe silêncio.
Queria entender como é possível viver sem esperar. A gente sempre diz que não espera de nada, tão pouco de ninguém. Impossível. Todo mundo espera que chegue uma sexta-feira. Espera dormir até mais tarde num domingo. Espera um emprego novo, um amor novo, um amigo novo, uma roupa, uma música nova. Todo mundo espera, todo dia, por algo. Às vezes, por alguém.
É difícil atravessar os dias sem esperar. É complicado se deparar com uma segunda-feira em branco. É estranho não saber o que imaginar de uma semana inteira, talvez do mês, ou do resto do ano. Vivemos de preencher dias vazios, com cores que variam em tons de cinza.
Dias de cor são raros. Dias com tons vibrantes, são tão pouco frequentes… vivemos com o nublado, ou com o amarelo pardo. Pautamos nossas vidas no calor, mas esperamos o frio. Reclamamos da chuva. Desejamos o sol. Damos forma as nuvens. Não lutamos por sonhos.
Cansei.
Por que é tão complicado viver? Realmente não consigo entender porque a gente precisa passar por tantas situações difíceis, pra num belo dia, conseguir ser isso que chamam de ‘feliz’. É tão árdua a tarefa de lutar vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco por ano…
Acho que o problema é ter esperanças demais. Mas como viver tendo elas de menos? Odeio essas coisas que não vem com manual de instruções. Não gosto de ser autodidata na vida. Queria uma felicidade programada, tipo alarme despertador. (Nome: ser feliz. Horário: das 00 às 23:50. Repetir em: Seg, Ter, Qua, Quin, Sex, Sab e Dom).
Respirar. Fundo.
É difícil atravessar os dias sem esperar. Acontece que eu já nem tenho forças para essas esperas. Mesmo tão novo, meus ossos já estão gastos. Meu coração já se desfez. Minha mente? Tenho andado pelos dias com a cabeça confusa. Meus pensamentos estão fora de ordem.
Mas como assim, eu sou tão novo e com tantas queixas? Como é isso, jovem rapaz? Me explique o inexplicável. (Lá vem a danada da esperança me acendendo mais uma luz). Vai ver, viver é só isso mesmo. Esses dias confusos em todos de cinza, sendo intercalados por dias de amarelo pardo, ou coloridos com as cores primárias e fundamentais.
(Me explique o inexplicável-Matheus Rocha)

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