terça-feira, 23 de abril de 2013

Mas tudo que eu preciso agora é de espaço pra te construir dentro do meu peito


A gente sai de cena com as roupas rasgadas, bolsos vazios e a mente confusa, sem saber como fomos parar ali. Mas e se pudéssemos jogar todos os livros fora e carregar conosco apenas a página do agora? É tão comum a gente se apegar ao passado e viver numa réplica dele, na ilusão de que estamos andando pra frente… no entanto, se tivéssemos realmente sido felizes no processo, jamais teríamos mudado. Então a gente muda. Mas o problema é que a gente muda sentindo medo demais. A gente navega perto da costa, esquecendo-se de que poderia ser bom perder o horizonte, seguir a vontade da corrente e atracar na próxima ilha. Por mais que ela demore a surgir no infinito, ela é nova, e a gente chegou lá sem bússola.

Já tive sentimentos imensuráveis. Imensurável também era tudo que vinha agregado ao fato de sentir algo que não cabe no peito. Mas tudo que eu preciso agora é de espaço pra te construir dentro do meu peito, com as poucas peças que tenho em mãos.

(Autor desconhecido)

Um comentário:

  1. O construir se torna muito mais completo, quando se tem o necessário espaço, o respirar do que queremos.

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