quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os pensamentos conversam quando paramos de ouví-los.

"Há uma necessidade cultural de chamar para se divertir um filho que lê um livro no quarto. Será que aquilo também não é diversão? Escutei muito: "Vá brincar lá fora, tem sol". Dentro não pode ter sol? Duvido, sim, dos que não ficam um pouco em si, mergulhados, imersos, centrados, costurando as palavras com os cílios da agulha, tramando uma figura no pano de prato, uma figura que nunca terá legenda. Os pensamentos conversam quando paramos de ouví-los."

(Solidão não é prejudicial à saúde - do livro O amor esquece de começar, Carpinejar, p. 68)

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